Meu maior sonho é proporcionar a oportunidade de fazer pesquisa para todos os jovens brasileiros
Com 11 prémios científicos nacionais e internacionais, mais de 40 menções e votos de congratulações, tendo participado em feiras de ciência nos Estados Unidos, Juliana Davoglio Estradioto, minha entrevistada, é uma cientista brasileira que criou um plástico biodegradável feito a partir de restos de fruta.
Além disso, foi a primeira jovem brasileira a ser convidada para acompanhar uma cerimonia de entrega do Prêmio Nobel. Tudo isso aconteceu devido a sua pesquisa sobre reciclagem de cascas de maracujá para produção de um filme plástico biodegradável (FPB) que substitui embalagens plásticas das mudas de plantas.
Navegue nesta interessante conversa, em forma de entrevista, e saiba um pouco mais sobre os projectos, as perspectivas e metas da cientista, que através de seus trabalhos, vai transformando o mundo para o melhor.
AJADH: Citada no “El País” disse que “Devemos nos inspirar nas mulheres que estão à nossa volta, como amigas e professoras”. Como olha para a presença da mulher na ciência e nas diversas esferas da sociedade, no que se refere ao processo de tomadas de decisão, em particular?
JULIANA ESTRADIOTO (JE): Nós mulheres ainda precisamos muito lutar por espaço nas mais diferentes áreas, especialmente mulheres que encontram-se em outras minorias. Existem muitas mulheres incríveis fazendo a diferença nesse mundo e precisamos valorizar elas, incentivá-las e acreditar no trabalho que elas desenvolvem. As pessoas já desacreditaram muito nos meus projetos por ser uma jovem e mulher desenvolvendo-os. Infelizmente a pesquisa ainda é muito universitária e produzida por homens, por isso é fundamental que a gente lute pra que isso mude.
AJADH: Para Juliana a ciência no ensino básico é pouco difundida. Que críticas e sugestões face às limitações existentes?
JE: Acredito que esse distanciamento entre o cientista e a sociedade é uma das coisas que mais afasta os jovens de se interessar por pesquisa. A gente só tem exemplos como Einstein e Newton, homens brancos velhos que inclusive já morreram. Eu mesma antes de começar a fazer pesquisa não sabia que crianças e adolescentes se envolviam com ciência. Outra coisa é a questão de pensar que precisa ser um gênio para fazer pesquisa, sendo que na verdade só se precisa ser apaixonado pelo tópico que quer pesquisar. Ninguém é melhor do que ninguém e somos todos adolescentes normais também.
AJADH: Como uma cientista, como e o que tem feito para tornar a ciência mais acessível no seio da camada jovem, em particular?
JE: Eu sou voluntária na Associação Brasileira de Incentivo à Ciência, uma ONG nacional. Atuo como Diretora da ABRIC Aluno, sendo que esse departamento foca em alunos que tiveram contato com pesquisa e ciência repassando seus conhecimentos e experiências para outros alunos de ensino básico. Temos coordenadores regionais (os voluntários que desenvolvem as atividades) espalhados em todas as cinco regiões do Brasil. Eu coordeno uma parte desses CRs, produzo materiais de apoio e também faço minhas próprias atividades (fiz mais de 40 palestras, workshops e mesas redondas no último ano)!
Também faço parte da organização da Feira Brasileira de Jovens Cientistas. Ela foi criada por jovens cientistas que participaram do feiras de ciências nacionais e internacionais. Uma das coisas que nos impedia de participar dos eventos científicos presenciais era os gastos com alimentação, transporte, hospedagem, etc. Por isso, quisemos trazer uma solução pra isso: criamos a primeira feira de ciências brasileira totalmente virtual. Nossos objetivos são:
DIVULGAR: Facilitar o acesso a eventos científicos para jovens pesquisadores do ensino médio e divulgar projetos científicos para o público geral
LAPIDAR: auxiliar jovens a desenvolverem e aprimorarem seus projetos científicos
CONECTAR: Possibilitar a troca de conhecimentos, integração e discussão entre jovens cientistas, universidades, empresas e professores pesquisadores de todo o território nacional
VALORIZAR: Reconhecer projetos inovadores, desenvolvidos de acordo com a metodologia científica e que possam trazer benefícios à sociedade.
Por fim, eu criei o Meninas Cientistas. Ele é uma página no Instagram. Minha motivação pra criar um perfil de comunicação científica foi ter visto a falta de divulgação de histórias de meninas que faziam pesquisa. Então criei o perfil para contar essas histórias incríveis de meninas que eu conheço, muito inspiradoras e que fizeram pesquisas de extrema qualidade. Representatividade importa! Eu faço tudo sozinha e já tenho quase 5k de seguidores!
AJADH: “[…] Estamos vivendo uma globalização da falta de valorização da ciência” pudemos ler [a sua afirmação] no “El País”. Que impacto isto poderá ter para as gerações futuras e acima de tudo para o processo de produção e/ou divulgação do conhecimento?
JE: Nós todos, cientistas e sociedade, precisamos lutar para que a ciência seja valorizada e investida. Tem sido muito difícil se manter motivada, infelizmente, mas meu desejo de ajudar os outros e promover soluções que possam melhorar a vida de alguém é o que me fazem amar tanto a pesquisa. E sem ciência e tecnologia não existe desenvolvimento, a gente precisa de novos conhecimentos e novos produtos para o mercado que atendam as necessidades na nossa população. Espero que cada vez mais pessoas vejam isso.
AJADH: Sabe-se que criou o “Meninas cientistas”, para, de entre outros objectivos, dar visibilidade para as meninas/mulheres que fazem pesquisa. Pode fazer uma leitura do impacto do projecto e os resultados que alcançou até agora?
JE: Já divulguei histórias incríveis e recebi muitos feedbacks de meninas que se sentiram inspiradas e começaram suas jornadas na ciência por conta do projeto. Acredito que para além de números, que temos vários seguidores e que estamos passando por um processo de aumento de equipe, o maior impacto é fazer a diferença na vida dessas meninas e mulheres.
AJADH: “Quando ganhei o prêmio jovem cientista, em 2018, recebi muitas mensagens de pessoas falando que não sabiam que meninas faziam pesquisa na escola”. Esta [sua] afirmação nos leva novamente ao debate sobre igualdade do género ou ainda a necessidade de roptura com paradigmas sociais que persistem em colocar a mulher numa posição não de destaque. Sente que o ensino, a ciência, a sociedade perdem com isto? Que impactos nocivos para a ciência viver num cenário com tal tipo de “limitações”/esteriótipos?
JE: Existe um estudo que diz que quanto mais diverso é um ambiente, mais produtivo ele vai ser. Acredito que perdemos demais por limitações e esteriótipos, eu sou uma pessoa que aposta muito em uma construção colaborativa e deixar as mulheres e outras minorias de lado em qualquer debate é perder novos pontos de vista e argumentos que podem engrandecer um projeto.
AJADH: Juliana Estradioto é vencedora do Prêmio Jovem Cinetista 2018 do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), na Categoria Ensino Médio. É certamente um grande feito profissional. Em que momento da sua vida pessoal e profissional este prémio lhe chega?
JE: Recebi esse prêmio no último ano do ensino médio, no mês de dezembro. Foi uma forma linda de encerrar esse ciclo e de poder divulgar a ciência desenvolvida por jovens.
AJADH: Um detalhe interessante: Percebemos que desenvolveu seu estudo com orientação da Professora Flávia Santos Twardowski Pinto. Pode nos falar do quão relevante ela foi em todo processo da sua inovação? Ou melhor, até que ponto uma orientação dessas pode impactar positivamente na vida (profissional ou educacional) de um (a) aluna (o)?
JE: A Flávia é um dos meus exemplos de vida. Desde o primeiro segundo ela se tornou uma das minhas grandes admirações. Ela não precisa nos orientar, mas vai atrás, busca recursos, ajuda a levar adiante as ideias que a gente tem. Ela acredita em seus estudantes independente de qualquer coisa e isso muda as nossas vidas. Me tornei outra pessoa através da pesquisa e isso me fez amadurecer demais. Além de ser uma pessoa maravilhosa, a Flávia é um exemplo de vida e se tornou uma segunda mãe
AJADH: É a única brasileira a ter um asteroide com seu nome. Deve ser um marco indescritível. Quer comentar sobre isso?
JE: Na verdade existem mais brasileiros que receberam esse prêmio! Acho uma homenagem muito grande que nunca imaginei receber. Imagina meu nome orbitando no espaço junto com Marie Curie e outros grandes nomes da ciência? Surreal! Parece mentira
AJADH: Ganhou uma viagem à Suécia, onde participou, do Prémio Nobel e é a primeira jovem brasileira a conquistar tal marco. São muitos marcos. Acha que tais distinções e privilégios lhe poderão “pressionar”/desafiar a caminhar mais firme nos teus projectos?
JE: Acredito que minha trajetória me dê forças para lutar que cada vez mais jovens possam explorar o mundo da ciência. Tudo isso me deu base para lutar que fazer pesquisa no ensino básico seja uma oportunidade para todos.
AJADH: Desenvolveu um plástico a partir da casca da macadâmia. Pode nos segredar como surge esta magnífica ideia?
JE: A ideia de utilizar a casca da macadâmia como um alimento para microrganismos surgiu em uma situação do cotidiano. Eu estava procurando uma alternativa para o couro, visto que eu sou vegetariana, mas eu também não queria algo de laminado sintético pois estraga muito rápido. Eu encontrei na internet uma jaqueta produzida por microrganismos e fiquei chocada e muito curiosa para descobrir como esses seres tão pequeninhos podiam produzir algo tão grande. Então fui testar minha hipótese e consegui produzir membranas biológicas a partir do resíduo da macadâmia.
AJADH: Pode nos falar do processo do desenvolvimento do projeto com resíduos do processamento da macadâmia?
JE: Eu utilizo a casca da noz macadâmia como um alimento para os microorganismos e eles produzem um material incrível! Esse material produzido pelos microrganismos é muito interessante porque ele pode ser utilizado desde uma alternativa para os plásticos como também na área de medicina e saúde, por exemplo em peles artificiais.
A partir de rejeitos da noz macadâmia, bactérias produzem membranas que podem servir como substituto do plástico e ter usos biomédicos
AJADH: Para além do Prêmio Mulheres que Inspiram, já recebeu mais de 40 distinções como jovem cientista. Quer partilhar connosco os seus próximos passos para fazer face a tais reconhecimentos? Quando olha para frente, para o futuro, que planos pensa executar como consequências dos seus grandes ganhos?
JE: Meu maior sonho é proporcionar a oportunidade de fazer pesquisa para todos os jovens brasileiros. Por isso me envolvi com a ABRIC, FBJC e Meninas Cientistas! Quero ensinar os alunos e mostrá-los sobre o método científico, sendo uma mentora para os jovens como meus professores foram para mim.
AJADH: “Sonhos sem objectivos são apenas sonhos” já dizia Denzel Washington. Que conselhos deixa a todos jovens do mundo que tem medo de enfrentar os riscos, jovens que tem medo de cair enquanto procuram por seus sonhos?
JE: Acredito que se podemos sonhar, podemos alcançar. As pessoas normalmente dizem que quando maior o sonho, maior a queda. Mas não concordo com isso. Busquem pessoas que incentivem vocês e que contribuam para vocês alcançarem esses sonhos! Além disso, acreditem em si mesmos e no potencial de vocês – por mais que seja muito difícil, precisamos repetir todos os dias que somos capazes.
AJADH: Desenvolveu outros projetos, ganhou prêmios, viajou para a Suécia, onde participou da entrega do prêmio Nobel, patenteou outra descoberta e entrou na universidade. Como gerir esta correria toda? Será que a velocidade da ciência estará a seu favor (Risos!…)?
JE: É uma correria sim, mas acredito que o equilíbrio entre trabalho/estudos e atividades de lazer seja muito importante para manter o foco!
JE: Gostaria de falar do percurso desde o maracujá à macadâmia. Descobri como transformar a casca do maracujá em plástico biodegradável, tendo a semente da fruta servido como ponto de partida para pensar em um método que ajuda a despoluir a água contaminada por corantes industriais têxteis. A seguir percebeu que a partir da casca da noz macadâmia era possível desenvolver uma membrana para substituir materiais sintéticos – e que pode ser utilizada como curativos para a pele. Juliana, o que quer nos ensinar, chamar atenção com estas descobertas?
Que podemos dar uma outra finalidade para o lixo orgânico que geramos, que precisamos repensar sobre os impactos ambientais que estamos gerando como humanidade.
AJADH: Pode nos falar um pouco mais da importância da membrana, quais finalidades e impactos na vida da sociedade?
JE: O material é uma celulose de origem microbiana e pode ser aplicado em várias funções. Um dos usos é como plástico, sendo que eu produzi saquinhos que se degradam para recolher dejetos de animais, uma alternativa mais sustentável do que sacos plásticos. Outra utilidade possível está na área biomédica, existem pesquisas com esse tipo de material para veias artificiais, mas comecei a estudar a utilização como curativo porque li em aritof sque ele se adere à pele humana.
AJADH: Que impacto para a ciência e para o meio ambiente?
JE: Acredito que por estar propondo uma utilização antes não conhecida para a casca da noz macadâmia e por estar produzindo um material sustentável biodegradável a partir de um lixo orgânico.
AJADH: Já apresentou uma pesquisa sobre a morte de peixes e poluição do Rio dos Sinos, que percorre 190 quilômetros do estago gaúcho, na 32ª MOSTRATEC. Que olhar faz a poluição dos mares e oceanos nos últimos tempos e como acha que poderíamos contornar a drástica situação?
JE: Acredito que precisamos olhar para as pequenas ações do dia-a-dia, comprar de empresas preocupadas com o meio ambiente, utilizar menos materiais descartáveis e tentar minizimar e reutilizar nossos lixos. Mas, além de tudo isso, precisamos questionar as grandes empresas e pressionar por mudanças.
AJADH: Pode se dizer que sempre esteve ligada a ciência, se formos a voltar para o ensino médio, quando desenvolveu três projetos científicos: o plástico da casca do maracujá, a poluição do Rio dos Sinos, e um sobre a transformação da casca de macadâmia, em substrato para microrganismos com o intuito de produzir energia e celulose. De onde realmente vem esta vontade pela ciência? Alguma influência?
JE: Quando eu era criança eu gostava de subir em árvores, observar insetos e ficar em contato com a natureza. Contudo, ao longo da infância aprendemos a ser mais contidos e nosso espírito investigativo diminuí. Então eu nunca tive a vontade de ser cientista apesar de ser curiosa quando era criança, meu sonho de infância era ser cantora! E por isso digo que a ciência me escolheu e não o contrário, jamais imaginei que ia ser algo pelo qual eu ia ser tão apaixonada.
Quando entrei no Instituto Federal, me envolvi como voluntária em um projeto social da professora Flávia. Era para auxiliar os agricultores familiares da minha região o Litoral Norte do RS e escolhi esse projeto justamente porque minha família tinha ligação com a agricultura. Nós auxiliamos os agricultores com boas práticas de produção e higiene e foi nessas visitas que eu descobri o quanto de resíduo orgânico se gerava nas agroindústrias familiares. Aquela quantidade enorme de lixo me chocou muito e eu já me preocupava muito com isso em casa, então queria fazer algo pra solucionar esse problema local. Foi a minha professora que realmente me incentivou a utilizar a pesquisa como essa ferramenta de aprimoramento da realidade.
AJADH: Que significado ou valor adicional o Instituto Federal de Ciência, Tecnologia e Educação do Rio Grande do Sul (IFRS) teve na sua caminhada, olhando para a qualidade do ensino?
JE: Acredito que minha vida seria completamente diferente se eu não tivesse estudado no Instituto Federal do Rio Grande do Sul, pois ele proporciona diversas oportunidades que infelizmente ainda não são ofertadas em outras escolas de ensino básico. Ter sido aluna do IF e orientada da professora Flávia fez com que minha visão sobre a educação e ciência mudassem, sou muito grata por entender o papel transformador que elas desempenharam na minha vida e em muitas outras realidades brasileiras.
AJADH: Pode nos falar dos planos que guarda para o curso de Engenharias de Materiais na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)? Porquê escolher e que futuro prevê fazendo tal curso?
Na verdade houve uma mudança de planos aí (Risos).
AJADH: Permita-nos regressar um pouco para trás. É sabido que se voluntariou num projeto de pesquisa, onde percebeu a quantidade de resíduos que agricultores geravam para produzir geleias. Face a isto, pode nos falar sobre a importância de uma melhor gestão dos resíduos?
JE: A reciclagem dos resíduos orgânicos é necessária e importante para o meio ambiente, pois proporciona o reaproveitamento dos produtos descartados para fins econômicos e saudáveis.
AJADH: 11 prêmios científicos nacionais e internacionais, mais de 40 menções e votos de congratulações, tendo participado em feiras de ciência nos Estados Unidos. Como conjugar a vida privada com esta “pressão” da vida profissional?
JE: Acho que é importante entender que somos seres humanos e precisamos estar dispostos a errar e a ter dias ruins. Não quer dizer que nós precisemos ser reconhecidos o tempo todo, apenas precisamos fazer o que somos apaixonados pois essa é a maior recompensa.
AJADH: No “Galileu” disse que “o sistema educacional e os adultos que vão cortando a ciência das crianças.” Pode nos falar um pouco mais desta análise que fez?
JE: Foi inspirada nesse vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=tbX6aMfPtEw
AJADH: Pode nos falar do primeiro contacto com um laboratório e o que apareceu logo na mente? Poderia se prever como a cientista que hoje é?
JE: Foi em uma cozinha de panificação e foi uma descoberta de como a ciência pode ser divertida e útil. Acredito que isso é o que continuo encontrando na ciência: diversão, conhecimento e uma forma de ajudar as pessoas.
AJADH: Que conselho deixa às mulheres do mundo sobre a necessidade de seguir um sonho/meta?
JE: Não deixem que ninguém diminua os sonhos de vocês, pois vocês são incríveis e vão conquistar o mundo!
AJADH: Quais as alternativas para “tornar a ciência mais acessível para os jovens, especialmente, para as meninas”?
JE: Acredito que investir nessas instituições que eu já estou trabalhando voluntariamente seja uma forma que eu encontrei para tornar a ciência mais acessível. Acredito muito que as inovações desenvolvidas no ensino básico brasileiro devam ser conhecidas de forma transparente pela nossa população.
AJADH: Em 2017 saiu de Osório, um pequeno município de 45.000 habitantes no Rio Grande do Sul, para ir até São Paulo apresentar seu projecto científico: um plástico biodegradável feito a partir dos restos da fruta. Quer nos falar da sensação de representar sua comunidade, seu país e estar a fazer mudanças marcantes no mundo?
JE: Acredito que seja uma grande responsabilidade, pois participar da Intel ISEF é um grande sonho para jovens cientistas. Espero que tenha feito uma boa representação da qualidade de ensino dos Institutos Federais e também da qualidade de ciência produzida no ensino médio.
AJADH: Como última pergunta: pode nos confidenciar o cientista que idolatra e as motivações e o que esperar da Juliana nos próximos tempos?
JE: Acho que a minha cientista favorita é minha professora orientadora, a Flávia. E esperem ouvir de mim não só no campo de produzir novos conhecimentos, mas de comunicá-los (quem sabe uma youtuber? Risos.)
Entrevistador: Sérgio dos Céus Nelson
Fundador e Director Executivo da AJADH